Saúde do idoso: cuidados com excesso de medicamentos

Médico alerta sobre riscos da medicalização – idosos podem estar recebendo atendimento de emergência por estarem supermedicados

Rael Sérgio/Eduardo Antunes

A saúde do idoso deve ser tratada com atenção no diagnóstico, exatidão na prescrição de medicamentos e na menor quantidade possível, com um ajuste na sua administração, observando a combinação com outros remédios para evitar intoxicações.

O alerta sobre medicalização é feito pelo médico plantonista Carlos Fiorot, que atua no Pronto Atendimento da cidade de Marechal Floriano, região das montanhas do Espírito Santo.

Por ser mais frágil, pode ocorrer intoxicação por excesso de medicamentos no idoso, constata o profissional de saúde. “Quando um paciente idoso faz uso de mais de cinco medicamentos diferentes, já chama atenção por ter mais risco”, alerta.

Dr. Fiorot acrescenta que “com maior idade, uma grande quantidade de remédios no organismo pode causar outras doenças e provocar até a morte”. No mês de novembro de 2015, o atendimento de emergência onde trabalha recebeu 30% de pacientes com idade acima de 50 anos.

A família é importante no acompanhamento e observação da saúde e excesso do uso de medicamentos. Na cidade, o serviço de saúde preventiva atua com a Estratégia Saúde da Família e com o NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família), o Instituto Mais Saúde atua na atenção básica em saúde do município.

De acordo com dados levantados, o médico aponta que de 17% a 27% dos casos de intoxicação são por uso de remédios para problemas cardíacos. “Eles vêm (ao PA) não só por estarem doentes, às vezes chegam ao Pronto Atendimento por que estão supermedicados e estão sob efeito do uso inadequado de medicamentos”, finaliza.

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